A líder oposicionista venezuelana María Corina Machado, em entrevista à BBC Mundo, afirmou que o regime de Nicolás Maduro está mais enfraquecido do que nunca e que o tempo do presidente no poder chegou ao fim. A poucos dias da posse de Maduro, marcada para 10 de janeiro, Machado reforçou a necessidade de uma mobilização popular para pressionar pela saída do presidente, alegando que a Venezuela está unida em sua busca por liberdade. Para ela, Maduro não tem como se manter no poder sem recorrer à violência, algo que considera insustentável. A oposição, que sustenta a legitimidade de sua liderança, reivindica a vitória nas eleições de 28 de julho e continua a acusar o governo de manipulação e repressão.
Machado também se referiu à presença de tropas militares no país e à crescente repressão a opositores, incluindo o ex-diplomata Edmundo González Urrutia, que enfrenta uma ordem de prisão. Apesar das ameaças e da repressão, a líder oposicionista tem convocado o povo venezuelano a sair às ruas em manifestações pacíficas. Ela acredita que, com a força cívica e a união popular, é possível superar a repressão e que a mobilização nas ruas será decisiva para confrontar o governo, cuja legitimidade, para a oposição, já foi perdida.
Em relação ao cenário internacional, Machado comentou sobre a postura dos países democráticos, instando-os a apoiar a luta do povo venezuelano contra o regime. Ela também mencionou que, com a chegada de Donald Trump ao poder, espera que a questão venezuelana seja uma prioridade para os Estados Unidos, principalmente devido às implicações do regime de Maduro na segurança regional. Para Machado, a única solução viável para a Venezuela é uma transição para a democracia, e ela acredita que o apoio internacional será crucial para a vitória da oposição.