Recentemente, dois acidentes aéreos reacenderam o debate sobre a relação entre a localização dos assentos e as chances de sobrevivência. No acidente do voo 2216 da Jeju Air, em 29 de dezembro, a maior parte das vítimas estava na parte da frente da aeronave, enquanto dois sobreviventes estavam na parte traseira. De maneira similar, no acidente do voo da Azerbaijan Airlines, em 25 de dezembro, todos os sobreviventes estavam localizados na parte de trás do avião, que permaneceu intacta após a queda. No entanto, especialistas em segurança aérea alertam que essa associação não é comprovada.
De acordo com especialistas, não há dados conclusivos que provem que a localização do assento influencia de maneira significativa as chances de sobrevivência. Cada acidente aéreo é único, e a velocidade da evacuação é um fator crucial para a sobrevivência. Ed Galea, especialista em segurança contra incêndios, destaca que a maioria dos acidentes não resulta em destruição total da aeronave, e uma evacuação rápida pode salvar vidas. Além disso, Galea aponta que estar próximo a uma saída de emergência melhora as chances de escape.
Para garantir uma evacuação eficiente, os especialistas enfatizam a importância da preparação e conscientização dos passageiros. Geoff Thomas, editor de um portal de notícias de aviação, lembra que é essencial que os passageiros sigam as orientações da tripulação e saibam como agir em uma emergência. Embora a localização no avião possa oferecer alguma vantagem, a chave para a sobrevivência está na capacidade de reagir rapidamente e tomar decisões corretas durante o incidente.