A campanha política de Donald Trump, especialmente durante a reta final de sua corrida presidencial, contou com a influência digital de Elon Musk, que, ao adquirir o X, transformou a dinâmica das redes sociais e das discussões políticas. A retirada da checagem de fatos e a reativação de perfis banidos resultaram em um ambiente online mais polarizado e focado na maximização do tempo de consumo, que se refletiu nas propostas de Trump. O impacto da mudança digital foi sentido por uma audiência antes desinteressada em política, que passou a acompanhar mais ativamente as movimentações eleitorais.
Enquanto isso, na Europa, as redes sociais não têm o mesmo impacto que nas Américas, mas ainda assim desempenham papel crucial nas campanhas políticas, como pode ser observado nas eleições gerais previstas para fevereiro de 2025 na Alemanha. O cenário político alemão se caracteriza por partidos de direita como a FDP, CDU/CSU e AfD, sendo que a última, conhecida por suas propostas conservadoras e nacionalistas, vem ganhando apoio crescente, refletido nas últimas pesquisas que apontam para um aumento significativo no apoio a este grupo.
Alice Weidel, uma figura moderada da AfD, vem ganhando destaque como candidata ao cargo de Chanceler, com uma agenda focada em críticas à imigração e ao multiculturalismo, além de questões econômicas e ambientais. Elon Musk, que já havia elogiado a AfD, realizou uma entrevista com Weidel no X, onde discutiram questões políticas relevantes, como a crise migratória e a desativação das usinas nucleares na Alemanha. Embora a AfD ainda tenha poucas chances de formar parte de um governo, o apoio de Musk à candidata destaca sua crescente influência nas discussões políticas europeias e suas possíveis implicações para o futuro político do continente.