A primeira consulta com o ginecologista é um marco na transição da infância para a adolescência, geralmente ocorrendo por volta dos 10 anos, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Este momento inicial, muitas vezes marcado pela ansiedade, é crucial para que a menina comece a se familiarizar com as mudanças do corpo e a construir um vínculo de confiança com o médico. Nesse estágio, é comum que a menina ainda não tenha iniciado a menstruação, mas já apresente sinais de puberdade, como o desenvolvimento dos seios e o aparecimento de pelos pubianos.
É fundamental que a consulta ocorra de maneira natural e confortável, com a mãe podendo acompanhar a filha até os 12 anos, caso necessário. O ginecologista deve abordar temas como o desenvolvimento físico e as possíveis alterações anatômicas, além de realizar exames, como hemograma, ultrassonografia pélvica e verificar a vacinação, especialmente contra o HPV. A consulta serve também para esclarecer dúvidas sobre anatomia, higiene e cuidados íntimos, e pode incluir orientações sobre sexualidade e prevenção de doenças, dependendo da fase de desenvolvimento da paciente.
Embora a primeira consulta seja básica e não envolva exames invasivos, como o papanicolau, sua importância não deve ser subestimada. O ambiente acolhedor e a abordagem cuidadosa do médico ajudam a preparar a menina para os desafios que virão, tornando a experiência menos assustadora e mais esclarecedora. Além disso, o profissional deve sempre garantir o sigilo das conversas, respeitando a privacidade da paciente, salvo em casos que envolvam riscos à saúde.