No leste da Ucrânia, as forças russas avançam progressivamente, dominando cidades e vilarejos enquanto a resistência ucraniana tenta se adaptar a um cenário cada vez mais difícil. Apesar de alguns sucessos ucranianos, a Rússia tem ganhado território rapidamente desde o início da invasão em 2022, e a situação se agrava à medida que o conflito se aproxima do seu terceiro ano, com um número elevado de mortos e feridos. O governo de Kiev ainda rejeita qualquer sugestão de negociações com Moscou, acreditando que a Rússia não pagou um preço alto o suficiente pela guerra, o que torna as conversações inviáveis neste momento.
Em meio a esse cenário, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, promete encerrar o conflito rapidamente caso seja reeleito, mas suas intenções são ambíguas, e os desafios para uma resolução duradoura são significativos. A Ucrânia tenta se posicionar estrategicamente, especialmente com o apoio de aliados como o presidente da França, Emmanuel Macron, e aproveita o contexto para estabelecer um diálogo com os EUA, propondo até mesmo que suas tropas substituam as forças norte-americanas na Europa após o fim da guerra. Contudo, a adesão à Otan, um ponto crucial para Kiev, enfrenta resistência dentro da aliança, dificultando o estabelecimento de uma segurança garantida a longo prazo.
Enquanto isso, a pressão sobre a economia russa aumenta com o impacto das sanções ocidentais, embora Moscou se mostre resistente. O Kremlin enfrenta uma realidade difícil, com altas taxas de juros e uma inflação crescente, além das perdas no campo de batalha. Apesar da postura confiável de Putin, que minimiza o impacto das sanções, as perdas humanas e materiais podem, eventualmente, forçar a Rússia a reconsiderar sua posição. Para a Ucrânia, no entanto, o futuro permanece incerto, e as opções para evitar uma derrota total são limitadas, gerando um debate crescente sobre como a guerra pode chegar ao fim e a que custo.