No final dos anos 1950, o mundo enfrentava a Guerra Fria e a corrida espacial, um marco nas disputas tecnológicas entre as superpotências da época. A União Soviética foi pioneira com o lançamento do Sputnik 1 e o envio de Yuri Gagarin ao espaço, seguidos pelos Estados Unidos, que, em 1969, alcançaram a Lua com a missão Apollo 11. Embora os avanços científicos tenham sido significativos, a corrida espacial também teve altos custos humanos, especialmente em regiões como África, Ásia e América Latina, onde guerras por procuração ocorreram devido à disputa ideológica entre os blocos. Mesmo assim, o legado da corrida espacial inclui tecnologias essenciais para a humanidade, como satélites de comunicação e sistemas de GPS.
Avançando para o século XXI, a China emergiu como uma potência global, deixando para trás os desafios internos, como os desastres da Revolução Cultural e a difícil transição para o capitalismo sob Deng Xiaoping. Com décadas de reformas econômicas e políticas, a China se consolidou como a segunda maior economia do mundo e a maior potência manufatureira. Porém, sua ascensão também coincide com uma nova competição tecnológica, agora no campo da inteligência artificial (IA), onde os Estados Unidos, inicialmente líderes devido a grandes investimentos privados e públicos, enfrentam a crescente força da China.
Em 2023, a China lançou o DeepSeek, uma IA competitiva que, apesar de recursos financeiros limitados, conquistou uma grande fatia do mercado global devido ao seu custo reduzido e funcionalidades inovadoras. Esse feito abalou as gigantes de tecnologia dos Estados Unidos, como OpenAI, Google e Microsoft, que perderam trilhões em valor de mercado. Embora o DeepSeek ainda tenha limitações, como a censura em questões políticas sensíveis, sua ascensão marca o início de uma nova corrida tecnológica, que, como a corrida espacial, tem o potencial de beneficiar a humanidade em áreas como medicina, cibersegurança e telecomunicações.