Em 27 de janeiro de 1945, o campo de concentração de Auschwitz foi libertado pelos soldados da Primeira Frente Ucraniana, revelando ao mundo as atrocidades cometidas ali. Este ano marca o 80º aniversário da libertação desse local, onde mais de 1,1 milhão de pessoas, em sua maioria judeus, perderam a vida. O campo, inicialmente um centro de prisão política para poloneses, transformou-se em um símbolo do genocídio nazista. No início de sua operação, pouco se sabia sobre a verdadeira natureza das atividades em Auschwitz, até que um homem se arriscou para denunciar os horrores internos.
Esse homem era Witold Pilecki, um membro da resistência polonesa que, em 1940, se infiltrou no campo de concentração para descobrir o que realmente acontecia ali. Usando uma identidade falsa, ele foi preso e levado para Auschwitz, onde permaneceu por dois anos e meio, enquanto coletava informações e alertava o mundo sobre as condições terríveis dentro do campo. Pilecki também organizou um movimento de resistência clandestina, que sabotá instalações e lutou contra os oficiais da SS, enquanto fornecia alimentos e remédios aos prisioneiros.
Embora os relatórios de Pilecki sobre as condições do campo tenham sido ignorados durante a guerra, eles ajudaram a criar uma maior conscientização sobre Auschwitz após a sua fuga. Pilecki, mais tarde, continuou sua luta pela independência da Polônia, mas foi preso e executado secretamente pelo regime soviético. Só nos anos 1990 sua história foi reconhecida, e desde então, Pilecki é lembrado como um herói. Seu legado é preservado no Memorial e Museu Auschwitz-Birkenau, onde sua vida e coragem continuam a inspirar futuras gerações.