À medida que envelhecemos, as amizades se tornam uma fonte crucial de felicidade e bem-estar, com impacto positivo na saúde e na longevidade. Pesquisas apontam que, para os idosos, a interação com amigos próximos pode ser mais satisfatória do que com familiares, refletindo uma mudança nas prioridades sociais com a idade. Isso ocorre porque, com o tempo, as pessoas tendem a valorizar mais as conexões emocionais profundas, preferindo um círculo social menor e mais coeso, em vez de buscar novas amizades, como é comum na juventude.
Este fenômeno é explicado pela teoria da seletividade socioemocional, que sugere que os mais velhos, com uma percepção limitada do tempo, preferem investir em relações que proporcionam maior prazer e suporte emocional. Essa mudança também está associada a uma postura mais positiva em relação à vida, comum entre os idosos, que buscam manter laços sociais que aumentem sua felicidade e reduzam o estresse. No entanto, os pesquisadores alertam que, embora manter amizades próximas seja benéfico, a exclusão de novos relacionamentos pode limitar o acesso a diferentes fontes de apoio social.
Ainda assim, os benefícios das amizades vão além do bem-estar psicológico, impactando diretamente a saúde mental e o funcionamento cognitivo. Estudos demonstram que idosos com uma rede de apoio social sólida têm mais chances de sobreviver e se manter estáveis emocionalmente. A tecnologia também desempenha um papel importante, pois pode ajudar a reduzir o isolamento social ao permitir que os mais velhos se conectem com amigos e familiares, especialmente em tempos de limitações físicas. Com essas novas dinâmicas sociais e culturais, espera-se que a amizade continue a ser um pilar essencial para o bem-estar na terceira idade.