Durante o Ontick Connect, evento realizado na Arena B3 em São Paulo, foi discutido o crescimento da utilização de algoritmos nas negociações da bolsa. De acordo com Fabio Perdiz, superintendente de monitoramento da negociação da B3, atualmente entre 50% e 60% das transações são feitas por algoritmos, um salto considerável em relação aos 20% a 40% registrados antes da pandemia. A evolução dos modelos automatizados é evidente, seja por algoritmos que operam de forma independente ou aqueles que dependem de comandos específicos, com os algoritmos representando a maior parte das negociações no mercado financeiro.
Especialistas, como Lucas Rabechini, ressaltaram a importância de entender o funcionamento detalhado dos robôs de negociação, além de apenas analisar a performance histórica. Ele apontou que a compreensão dos drawdowns, ganhos esperados e outros parâmetros de operação é essencial para a eficácia desses sistemas. Rabechini também destacou que é necessário operar com robôs descorrelacionados para maximizar o retorno ajustado ao risco, e que a diversificação no uso de diferentes tipos de robôs pode garantir consistência nos resultados diários.
Por fim, o evento também abordou o uso da inteligência artificial no mercado financeiro, com Newton Linchen destacando sua capacidade de gerar e identificar padrões automatizados. No entanto, ele alertou que nem todos os padrões gerados são vantajosos, já que alguns podem aumentar a volatilidade do portfólio e exigir ajustes ao longo do tempo. O uso de IA também possibilita a recalibração de estratégias, assegurando maior eficiência no ambiente de negociação.