O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central deve elevar a taxa básica de juros, a Selic, em 1 ponto percentual nas próximas reuniões de dezembro e janeiro, segundo previsões da XP, devido a uma inflação acima da meta e a um dólar próximo de R$ 6,00. A expectativa é que o ciclo de aperto monetário leve a Selic a 14,25% até o final do primeiro semestre de 2025. A economia brasileira deve enfrentar um cenário de juros elevados e desaceleração do crescimento, com o PIB projetado para crescer 2% em 2025, após uma expansão de 3,5% em 2024.
A inflação também preocupa, com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) projetado para encerrar 2024 em 5% e atingir 5,2% em 2025, acima do teto da meta do Banco Central. Para 2026, espera-se uma desaceleração da inflação para 4,5%, ainda acima do centro da meta de 3%. O câmbio deverá seguir instável, com o dólar previsto para fechar 2024 em R$ 6,00 e se estabilizar em torno de R$ 5,85 em 2025, antes de retomar os R$ 6,00 em 2026.
O cenário de juros altos e inflação pressionada, aliado à desaceleração da atividade econômica, deve fazer de 2025 um ano de ajustes. A XP também destaca que as reformas fiscais e a incerteza sobre a trajetória da dívida pública serão temas centrais, com o governo tentando equilibrar contas públicas e implementar novas reformas. No plano internacional, o governo dos Estados Unidos e as perspectivas de tarifas comerciais podem impactar negativamente os mercados emergentes, aumentando a pressão sobre a economia brasileira no próximo ano.