O presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, conseguiu evitar um processo de impeachment neste sábado (7) após o boicote de parlamentares aliados e grandes protestos nas ruas de Seul. A moção de destituição, apresentada pelos partidos de oposição, não alcançou a maioria de dois terços necessária para ser aprovada, uma vez que quase todos os deputados do partido governista, o Partido do Poder Popular (PPP), abandonaram a sessão. Esse movimento resultou em uma decisão sem efeito, frustrando os milhares de manifestantes que exigiam a saída de Yoon, com estimativas de até um milhão de pessoas nas ruas.
A crise política se agravou depois que Yoon anunciou, na terça-feira (3), a implementação de uma lei marcial e a mobilização de tropas para o Parlamento, uma medida que foi rapidamente retirada após a oposição no Legislativo. O presidente, em seu discurso público, pediu desculpas à população, admitindo ter causado angústia e inconveniência. Sua popularidade despencou para um recorde de apenas 13% de apoio, um dos mais baixos da história do país, e especialistas preveem que sua liderança poderá ser ainda mais enfraquecida nos próximos meses.
O fracasso da moção de impeachment não significa o fim imediato da crise política, com opositores prometendo novas tentativas para destituir Yoon. A oposição, que continua mobilizada, acusa o presidente de ser incapaz de governar, e especialistas alertam para um período prolongado de instabilidade política. A situação continua tensa, com investigações em andamento sobre as ações do governo, incluindo o uso de força militar para pressionar o Parlamento, e uma crescente onda de protestos exigindo mudanças políticas no país.