Após um incêndio devastador que destruiu cerca de 1,1 mil hectares da Serra do Paredão, no Sul de Minas, uma mobilização de voluntários tem se empenhado em recuperar a área atingida. A tragédia, que durou cerca de 15 dias, causou danos significativos à fauna e flora local, com o desaparecimento de muitas árvores e a drástica redução da geração de água. Para acelerar a recuperação, foi adotada uma abordagem inovadora, que inclui o uso de paraglider por voluntários para lançar sementes em pontos de difícil acesso, além do plantio de espécies nativas como araucárias e ipês.
A iniciativa, liderada pela Secretaria de Meio Ambiente de Santa Rita do Sapucaí, busca restaurar tanto a vegetação quanto a fauna da região. Além do plantio de árvores, foram instalados ninhos para abelhas sem ferrão, comedouros e câmeras para monitoramento dos animais sobreviventes. As ações visam promover a polinização e proteger a biodiversidade local, elementos essenciais para o equilíbrio ecológico. A recuperação da serra também está relacionada à preservação de um importante banco gerador de água e à manutenção de áreas de turismo e lazer, como trilhas e o parque municipal.
Segundo especialistas, sem intervenções, a regeneração natural da área poderia levar até 25 anos, mas com os esforços de reflorestamento e monitoramento, esse tempo pode ser reduzido para cerca de 10 a 15 anos. A ação conta com a colaboração de diversas instituições, incluindo o Instituto Federal do Sul de Minas e a UNA, e traz uma lição sobre o poder da mobilização comunitária e a utilização de tecnologias simples e eficazes para a preservação ambiental.