A Volkswagen está prestes a fechar um acordo com os sindicatos na Alemanha, após meses de negociações intensas sobre questões salariais e de emprego. A montadora enfrenta desafios devido à competição com fabricantes chineses mais baratos, uma demanda fraca por veículos na Europa e uma adoção mais lenta dos carros elétricos. Desde setembro, a empresa e os representantes dos trabalhadores discutem soluções para manter a competitividade no mercado, enquanto a Volkswagen busca implementar medidas que incluem cortes de salários e o fechamento de fábricas no país.
A empresa tem como objetivo economizar cerca de 4 bilhões de euros, justificando a necessidade de reestruturação devido ao excesso de capacidade produtiva na Alemanha. No entanto, a decisão de fechar fábricas tem sido amplamente rejeitada pelos trabalhadores, que realizaram paralisações significativas, com cerca de 100 mil pessoas participando de greves. Essas paralisações foram as maiores já registradas nos 87 anos de história da Volkswagen, refletindo a resistência sindical às mudanças propostas.
A estrutura de governança da Volkswagen, que exige uma aprovação de dois terços do conselho para qualquer decisão importante, também dificulta o avanço das negociações. A empresa precisa do consentimento de representantes dos sindicatos para implementar mudanças significativas, o que pode atrasar ainda mais o acordo. No entanto, fontes próximas ao processo indicam que as partes estão cada vez mais perto de um entendimento, embora o processo de ratificação ainda envolva complicações internas.