A Volkswagen e seus sindicatos continuam em um impasse sobre a questão do excesso de capacidade produtiva na Alemanha, após uma rodada de negociações realizadas na segunda-feira (09). Embora as conversas tenham sido descritas como construtivas por ambas as partes, ainda há um longo caminho até uma solução, como destacou o negociador-chefe da montadora, Arne Meiswinkel. Os sindicatos, por sua vez, enfatizaram que, se as discussões não avançarem de forma mais conciliatória, aumentarão as manifestações no próximo ano.
A principal disputa gira em torno da possibilidade de fechamento de fábricas na Alemanha, o que é rejeitado pelos sindicatos. A Volkswagen, no entanto, afirma que os cortes de capacidade e de custos são essenciais para se adaptar à queda da demanda na Europa e à competição com rivais asiáticos mais baratos. A empresa reforçou a necessidade de readequar a produção para manter sua competitividade no mercado global.
Além disso, a greve de advertência de quatro horas realizada pelos trabalhadores em Wolfsburg é um reflexo da tensão crescente entre as partes. O sindicato IG Metall informou que os trabalhadores estão firmes na defesa de seus direitos e que podem intensificar as greves, com protestos de maior duração, caso suas reivindicações não sejam atendidas. A situação segue sem um desfecho, e as negociações devem continuar em 16 de dezembro.