A VLI, concessionária responsável pela Ferrovia Centro-Atlântica (FCA), apresentou uma proposta para continuar operando no trecho Corinto-Aratu, caso seja aprovada a renovação antecipada do contrato de concessão. A operação nesse trecho, que abrange partes de Minas Gerais e Bahia, vinha sendo considerada inviável devido ao baixo volume de cargas transportadas. Inicialmente, a VLI havia cogitado devolver esse corredor ao poder público, mas a proposta atual prevê investimentos significativos na modernização da infraestrutura, como a troca de trilhos e dormentes, com o objetivo de melhorar a eficiência do serviço.
O governo federal, por meio do secretário de Transporte Ferroviário, Leonardo Ribeiro, afirmou que já há um compromisso de concluir a renovação da FCA até o início de 2025. A proposta de modernização, além de incluir os investimentos necessários, visa transformar o trecho Corinto-Aratu em uma solução logística mais eficiente, permitindo uma maior competitividade para os setores de mineração, agronegócio e indústria, que utilizam a ferrovia para escoar seus produtos.
A concessão da FCA foi firmada em 1996, com validade até 2026. Contudo, a VLI já protocolou em 2015 um pedido para a prorrogação antecipada do contrato, o que está sendo discutido atualmente com a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). Caso a proposta seja aprovada, a FCA continuará a operar por mais 30 anos. A ferrovia tem 7,2 mil quilômetros de extensão e conecta diversas regiões do Brasil, sendo essencial para o transporte de commodities como soja, milho, açúcar e fertilizantes.