O Supremo Tribunal Federal (STF) determinou a suspensão das visitas a um militar investigado por envolvimento em uma suposta tentativa de desestabilização do governo após as eleições de 2022. A decisão foi motivada pela apreensão de equipamentos eletrônicos escondidos dentro de uma caixa de panetone, levados por uma visitante ao Batalhão da Polícia do Exército, em Brasília. O caso ocorreu durante uma revista de segurança que revelou itens como fones de ouvido, um cabo USB e um cartão de memória.
A apreensão ocorreu no contexto de investigações sobre militares das forças especiais envolvidos em possíveis conspirações contra a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Esses militares, ativos ou da reserva, são especializados em operações especiais e estão sendo analisados por suspeitas de ações que visavam limitar a atuação do Poder Judiciário e impedir a continuidade democrática. Desde novembro, medidas rigorosas vêm sendo tomadas para aprofundar as apurações.
O Exército confirmou a existência das tropas investigadas, que possuem histórico de atuação desde 1957, e reiterou seu compromisso com a legalidade. A investigação ocorre em Brasília, onde os envolvidos foram transferidos para facilitar o processo judicial e evitar ações que possam interferir na estabilidade institucional. A suspensão das visitas reflete os esforços das autoridades em garantir que as investigações sejam conduzidas com integridade e segurança.