O estado de São Paulo tem enfrentado uma crescente repercussão negativa devido a casos de violência policial, incluindo abusos de autoridade e letalidade. Recentemente, surgiram relatos de incidentes graves, como um policial militar jogando um homem de uma ponte e a execução de um jovem que havia furtado mercadorias. Esses casos geraram manifestações de repúdio de autoridades e organizações de direitos humanos, além de elevar a preocupação com o aumento das mortes causadas por policiais no estado. De acordo com dados do Ministério Público, as mortes de civis por policiais militares aumentaram 46% em 2024 em comparação com o ano anterior.
Em meio a essa situação, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, se posicionou publicamente em defesa do trabalho do secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite. Questionado sobre a possibilidade de demitir o secretário, Tarcísio destacou os números da segurança pública como indicativos de um bom desempenho, embora não tenha especificado quais estatísticas estavam sendo referidas. Sua viagem a Brasília para receber uma medalha da Câmara dos Deputados, em meio à crise de segurança, gerou críticas pela falta de ações concretas diante da escalada da violência.
Além dos casos de abuso policial, o governo paulista enfrenta questionamentos sobre o aumento da letalidade policial, com a média de dois mortos por dia em 2024. A polêmica também envolve o uso excessivo da força em abordagens policiais, como foi o caso de um jovem arremessado de uma ponte após ser abordado por PMs. Em declarações públicas, o governador minimizou a gravidade do incidente, afirmando que a vítima não havia falecido e que seriam tomadas providências, mas sem fornecer detalhes sobre ações futuras para combater a violência policial no estado.