Em Mato Grosso, o número de feminicídios se manteve estável entre os anos de 2023 e 2024, com 42 mortes registradas entre janeiro e novembro de ambos os anos, conforme dados da Secretaria Estadual de Segurança Pública. Contudo, houve um aumento alarmante nas tentativas de feminicídio, que cresceram 15%, subindo de 48 para 55 casos. Além disso, os registros de tortura contra mulheres apresentaram um crescimento de 300%, refletindo a intensificação da violência no estado.
A juíza da 2ª Vara Especializada de Violência Doméstica, Tatyana Lopes, destacou a relevância da conscientização sobre os sinais de abuso, ressaltando a importância de as mulheres reconhecerem precocemente os sinais de violência e interromperem relacionamentos abusivos. Ela apontou que o problema está enraizado no machismo estrutural, onde as mulheres muitas vezes são tratadas como propriedade. A ampliação da educação e divulgação sobre esses crimes visa empoderar as vítimas para que possam agir antes que a violência se agrave.
Recentemente, o presidente da República sancionou uma nova lei que aumenta as penas para feminicídios e crimes cometidos contra mulheres, buscando endurecer o combate a esses atos violentos. Apesar das ações governamentais, casos de violência extrema continuam a ocorrer, como os assassinatos de mulheres em situações de abuso doméstico, o que demonstra a necessidade urgente de medidas mais eficazes para combater a violência de gênero no estado.