A concessionária ViaMobilidade demitiu seis agentes suspeitos de envolvimento na morte de um homem, após abordagem na estação de trem de Carapicuíba, na Grande São Paulo. A empresa tomou a decisão com base em uma sindicância interna, que apontou violação dos protocolos de conduta e atendimento. O caso, que ocorreu em 11 de novembro, só foi revelado publicamente após a divulgação de imagens das câmeras de segurança, que mostram a agressão ao homem, identificado como Jadson Vitor de Sousa Pires. A causa da morte foi confirmada como asfixia mecânica, segundo o laudo do Instituto Médico Legal (IML).
O Ministério Público de São Paulo e a Polícia Civil seguem investigando o caso. Além do agente da ViaMobilidade preso temporariamente, dois outros agentes também são investigados, embora a Justiça não tenha acolhido os pedidos de prisão. A polícia também apura a possível participação de dois guardas civis de Itapevi, que, embora estivessem fora de serviço, estavam na estação e podem ter contribuído para as agressões. Imagens mostram um dos guardas desferindo chutes na cabeça da vítima durante a abordagem. Ambos os guardas civis já prestaram depoimento e negaram as acusações.
Diante da gravidade do caso, a ViaMobilidade anunciou a implementação de novos treinamentos para seus agentes, com foco no atendimento de pessoas em situação de vulnerabilidade e sob o efeito de substâncias. Além disso, a empresa reforçou as medidas disciplinares e a necessidade de justificativa formal para o uso da força. A Prefeitura de Itapevi, por sua vez, também abriu uma investigação interna e suspendeu preventivamente um dos guardas civis envolvidos. A administração municipal reiterou que não tolera atitudes que violem direitos humanos e que todos os responsáveis serão devidamente responsabilizados.