O verão de 2024 começou no último sábado (21) e, ao contrário do ano anterior, não será influenciado pelo fenômeno El Niño, o que resultará em temperaturas mais amenas na Baixada Santista, de acordo com o climatologista Rodolfo Bonafim. Em 2023, o El Niño causou um aumento considerável nas temperaturas, com ondas de calor persistentes. Este ano, a ausência do El Niño, juntamente com a fraca presença do fenômeno La Niña, faz com que o clima seja caracterizado como de quase neutralidade, com temperaturas médias ligeiramente abaixo do normal para a estação.
Embora o verão ainda possa apresentar dias de intenso calor, Bonafim ressalta que esses episódios não devem se prolongar como no ano passado. A previsão indica que as temperaturas podem atingir picos, seguidos por frentes frias, que causariam um resfriamento temporário. A imprevisibilidade climática, influenciada pela mudança climática, também pode resultar em episódios de frio fora de época e a ocorrência de ciclones extratropicais, além de ventos fortes e ressacas inesperadas.
Quanto à chuva, a previsão para a Baixada Santista é de volumes dentro da média para a estação, com janeiro e fevereiro sendo os meses mais chuvosos. No entanto, Bonafim alerta para a possibilidade de chuvas fortes e pontuais, que podem causar alagamentos e deslizamentos de terra, principalmente em áreas de morro. As chuvas tendem a ser mais distribuídas ao longo da semana, com períodos alternados de calor intenso e chuvas contínuas e mais suaves, o que pode afetar o solo e, por consequência, a estabilidade de encostas.