A Venezuela iniciou uma investigação sobre um suboficial da Gendarmeria Nacional da Argentina, identificado como Nahuel Agustín Gallo, por suas alegadas ligações com grupos terroristas internacionais. A detenção de Gallo ocorreu no início deste mês, após ele tentar entrar ilegalmente no país. Segundo o procurador-geral da Venezuela, Tarek Saab, o argentino seria parte de uma rede que buscava realizar ações desestabilizadoras com apoio de grupos de extrema direita internacionais.
A relação entre Argentina e Venezuela tem sido marcada por tensões, especialmente após as recentes disputas políticas entre os líderes dos dois países. O governo argentino, liderado pelo presidente Javier Milei, cortou relações diplomáticas com Caracas após a reeleição de Nicolás Maduro, o que agravou a situação. Nesse contexto, a Venezuela exige a continuidade da investigação, enquanto o governo argentino solicita a liberação imediata de seu cidadão.
Além disso, o cenário político na Venezuela tem sido conturbado, com a oposição contestando os resultados das eleições presidenciais de julho e acusando o governo de fraude. A repressão a manifestantes e opositores tem sido um tema central, com centenas de prisões e mortes associadas a protestos durante e após o pleito. Organizações de direitos humanos apontam que o governo venezuelano tem usado de medidas rigorosas contra dissidentes, criando um ambiente de crescente polarização política e social.