As vendas no comércio varejista brasileiro para o Natal de 2024 devem alcançar R$ 69,75 bilhões, representando um crescimento real de 1,3% em comparação com o mesmo período do ano anterior. Apesar desse aumento, o setor ainda estará abaixo dos números registrados antes da pandemia, quando as vendas do Natal de 2019 somaram R$ 73,74 bilhões. O cenário de melhora é impulsionado pela redução no desemprego e pelo aumento na massa de rendimentos, embora o ciclo de aperto monetário iniciado pelo Banco Central afete o poder de compra dos consumidores.
O segmento de supermercados e hipermercados será o maior responsável pelas vendas, com previsão de R$ 31,37 bilhões, representando 45% do total. O setor de vestuário, calçados e acessórios virá em seguida, com R$ 20,07 bilhões (28,8% do total). Juntos, esses segmentos devem responder por aproximadamente 75% das vendas do varejo neste período. O Natal continua sendo a principal data para o comércio, com destaque para a alta nas vendas de roupas, especialmente pela troca de presentes.
Em relação ao impacto regional, mais de 55% do total esperado será concentrado nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. As maiores variações em relação ao ano passado devem ocorrer no Paraná (+5,1%) e na Bahia (+3,6%). A inflação, principalmente devido à desvalorização do real frente ao dólar, deverá pressionar os preços, com aumentos mais expressivos em itens como livros, produtos de cuidados pessoais e alimentos. Em contraste, alguns presentes, como bicicletas, aparelhos telefônicos e brinquedos, deverão registrar queda nos preços. O setor também prevê a criação de 98,1 mil vagas temporárias, número inferior ao do ano passado devido ao crescimento no quadro permanente de funcionários das empresas.