A cobertura das vacinas do calendário infantil no Brasil tem mostrado progresso nos últimos dois anos, com 12 das 16 vacinas superando as metas de 2023, e três já atingindo os objetivos estabelecidos para 2024. Entre as vacinas que se destacam estão a BCG, a primeira dose da tríplice viral e o reforço da poliomielite, todas com cobertura acima das metas previstas. O crescimento médio foi de 17 pontos percentuais em relação a 2022, refletindo uma tendência positiva após anos de queda nas taxas de vacinação, especialmente devido à pandemia de COVID-19.
O avanço na vacinação infantil é um passo crucial para o Brasil manter a eliminação de doenças graves como a poliomielite e o sarampo. O país já não registra casos de poliomielite desde 1989, e, em 2024, foi novamente certificado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como livre de sarampo, após ter perdido esse status em 2019. As autoridades de saúde destacam que altas coberturas vacinais são fundamentais para prevenir o retorno dessas doenças, especialmente considerando que a transmissão pode ocorrer por meio de casos importados.
Além disso, em novembro de 2024, o Brasil interrompeu o uso da vacina oral contra poliomielite (VOP) e passou a adotar a versão injetável (VIP) como parte de um esforço global para erradicar a doença. A vacinação de rotina e o fortalecimento da vigilância epidemiológica têm sido essenciais para garantir que doenças como o sarampo permaneçam eliminadas. A continuidade da vacinação infantil é vista como um pilar importante para manter o país livre de doenças preveníveis por vacina.