Municípios do Norte de Minas Gerais começaram a utilizar drones para mapear focos do mosquito Aedes aegypti, com o objetivo de combater doenças como dengue, chikungunya e zika. A iniciativa, coordenada pela Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Montes Claros, envolve 21 cidades da região, selecionadas devido à alta incidência da proliferação do mosquito. A tecnologia permitirá monitorar áreas de difícil acesso, como topos de morros e locais com lixo acumulado, que são propensos à criação de focos.
O projeto tem um custo de R$ 2,2 milhões, financiado pela Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), e abrangerá uma área de 1,7 mil hectares. Até 17 de dezembro de 2024, o uso dos drones será expandido para diversas localidades, incluindo Bocaiuva, Guaraciama, Engenheiro Navarro e Joaquim Felício, entre outras. A estratégia visa reduzir a incidência de arboviroses no período sazonal, que vai de novembro a maio de 2025, quando os casos tendem a aumentar.
A utilização de drones é vista como uma ferramenta inovadora para apoiar o trabalho dos agentes de controle de endemias, especialmente em locais de difícil acesso, onde o controle tradicional é mais desafiador. A coordenadora de Vigilância em Saúde da SRS Montes Claros, Agna Soares da Silva Menezes, destaca que esses locais dificultam a eliminação dos focos do mosquito, contribuindo para o aumento de casos. A introdução de novas tecnologias tem sido essencial para fortalecer as ações de combate às arboviroses na região.