O governo federal tem incentivado o uso de câmeras corporais pelas forças de segurança estaduais, com foco nas polícias militares. No entanto, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) ainda se encontra em uma fase experimental com a tecnologia, desde o final de 2023. A PRF iniciou seus testes no Rio de Janeiro durante a operação de segurança do G20 e, ao longo do ano, expandiu a aplicação da tecnologia para cinco cidades brasileiras. Apesar dos esforços, ainda não há informações sobre o uso de câmeras durante incidentes, como o ocorrido na véspera de Natal, quando uma mulher foi baleada por agentes da PRF no estado do Rio.
A implementação das câmeras corporais na PRF segue um projeto que inclui tanto os policiais quanto as viaturas. Em 2023, a corporação recebeu 200 câmeras do governo dos Estados Unidos. Já o governo federal, em maio, lançou diretrizes recomendando que os equipamentos sejam mantidos ligados durante todas as ocorrências, como medida para aumentar a transparência e segurança nas abordagens policiais. O governo de São Paulo, por outro lado, adotou uma abordagem diferente, permitindo que os agentes possam ligar e desligar os dispositivos conforme necessário.
A decisão de tornar o uso de câmeras corporais obrigatório para as polícias de alguns estados, como São Paulo, também tem ganhado destaque, com o Supremo Tribunal Federal (STF) determinando a medida para as operações da PM paulista. A iniciativa busca reduzir casos de abuso de autoridade e melhorar a transparência nas ações das forças de segurança, especialmente após o aumento das preocupações sobre a atuação policial em alguns estados.