O União Brasil adiou a definição sobre quem sucederá Elmar Nascimento na liderança da bancada na Câmara dos Deputados, decidindo que a questão será resolvida em fevereiro de 2025. A falta de consenso sobre a direção do partido reflete uma crise de identidade interna, com divergências sobre se a sigla se alinhará mais ao governo ou adotará uma postura oposicionista. Além disso, cresce a sensação de desunião, com parlamentares cogitando até uma possível debandada em meio a disputas internas e à recente briga pela presidência do partido.
Atualmente, a disputa pela liderança está concentrada em três nomes: Pedro Lucas Fernandes, considerado mais centro; Damião Feliciano, com uma postura mais governista; e Mendonça Filho, identificado com a oposição. Embora a definição ainda não tenha ocorrido, especula-se que Feliciano poderia levar vantagem, aproveitando a divisão entre seus dois concorrentes. Em uma reunião tensa, onde parlamentares expressaram preocupações sobre a continuidade da sigla, houve apelos pela busca de uma solução pacífica para evitar uma nova crise dentro do partido, que já enfrentou turbulências no início deste ano.
O clima interno do União Brasil é de incerteza, com membros expressando descontentamento sobre a situação política e o futuro da legenda. Alguns deputados alertam para o risco de uma grande redução no número de parlamentares nas próximas eleições caso a instabilidade continue, enquanto outros defendem um alinhamento mais claro e uma definição mais rápida sobre a liderança. O presidente do partido, Antonio Rueda, tem trabalhado nos bastidores para garantir que um consenso seja alcançado, mas reconhece que o tempo e o diálogo são fundamentais para a superação das divergências.