O primeiro-ministro da Ucrânia, Denys Shmyhal, anunciou nesta segunda-feira (16) que o acordo de trânsito de gás russo através do país não será renovado após 31 de dezembro de 2024. Em uma declaração feita no aplicativo Telegram, Shmyhal explicou que a Ucrânia está disposta a discutir a possibilidade de trânsito de gás de outras origens, mas descartou qualquer negociação com a Rússia. A decisão é parte do esforço ucraniano para diminuir a dependência de recursos russos, especialmente no contexto da guerra em curso, que já dura mais de dois anos.
A medida traz preocupações para vários países da União Europeia que ainda dependem do gás russo transitado pela Ucrânia. A Eslováquia, por exemplo, junto a outras nações, já iniciou negociações para garantir a continuidade dos suprimentos após o fim do acordo. A ministra da Economia da Eslováquia, Denisa Sakova, afirmou que os países europeus precisam de aproximadamente 15 bilhões de metros cúbicos de gás russo no próximo ano, uma quantidade que atualmente transita por gasodutos na Ucrânia.
A decisão ucraniana reflete a postura do país em relação à sua segurança energética, mesmo diante de desafios econômicos. A Ucrânia tem trabalhado para assegurar fontes alternativas de energia para a União Europeia e reduzir sua vulnerabilidade ao fornecimento russo. Contudo, a manutenção dos fluxos de gás para a região continua sendo uma questão delicada, com implicações para a estabilidade energética da Europa.