A Ucrânia lançou seis mísseis ATACMs e quatro Storm Shadows contra a região de Rostov, na Rússia, em 18 de outubro, como parte de suas operações militares. De acordo com o Ministério da Defesa russo, todos os ATACMs foram interceptados e três dos Storm Shadows derrubados, com Moscou alertando sobre uma resposta aos ataques. A Ucrânia passou a utilizar armamentos ocidentais após obter autorização dos Estados Unidos e Reino Unido, o que foi interpretado por Moscou como uma intensificação da participação dessas potências no conflito.
Em resposta, a Rússia lançou o míssil hipersônico Oreshnik contra a cidade de Dnipro, na Ucrânia, no final de novembro. O presidente russo afirmou que o país está preparado para lançar mais mísseis Oreshnik, incluindo contra centros de comando em Kiev, caso a Ucrânia continue utilizando armamentos ocidentais. Putin descreveu a nova arma como “invencível” e sugeriu um possível “duelo de alta tecnologia”, no qual a Rússia atacaria com Oreshniks e a Ucrânia tentaria interceptá-los com suas defesas antimísseis.
A guerra entre os dois países, que começou com a invasão russa em fevereiro de 2022, atingiu um ponto crítico em outubro de 2024, com a crescente utilização de mísseis de longo alcance e outros armamentos sofisticados. A Rússia enfrenta acusações de utilizar tropas da Coreia do Norte e, além disso, continua buscando avançar em direção aos seus objetivos estratégicos no Donbass e outras áreas do leste ucraniano. A situação permanece tensa e a comunidade internacional acompanha de perto os desdobramentos desse conflito de larga escala.