O presidente da Turquia, Tayyip Erdogan, declarou que os militantes curdos na Síria deverão depor suas armas ou enfrentar as consequências, em meio aos intensos confrontos entre forças sírias apoiadas pela Turquia e os combatentes curdos, após a queda do regime de Bashar al-Assad. Em um discurso no Parlamento turco, Erdogan afirmou que aqueles que persistirem na luta serão derrotados e enterrados junto com suas armas. Este anúncio ocorre em um momento crítico, com o aumento da violência na Síria e a escalada das tensões entre diferentes facções regionais.
Além das declarações sobre os militantes curdos, Erdogan também mencionou planos para reabrir o consulado turco em Aleppo e esperou um aumento no fluxo de refugiados sírios para o país nos próximos meses. Ele sugeriu que muitos dos milhões de sírios que vivem na Turquia possam começar a retornar ao país após o fim do regime de Assad e a instabilidade política na Síria. A expectativa é de que a reabertura da fronteira traga mudanças significativas no cenário migratório da região.
O conflito na Síria, que começou com protestos durante a Primavera Árabe em 2011, se transformou em uma guerra civil de grandes proporções, com a queda de Assad marcando um novo capítulo. A guerra, que já causou mais de 300 mil mortes e deslocou milhões, envolveu diversos atores internacionais, incluindo a Turquia, que se opôs ao regime de Assad, e potências como os Estados Unidos e a Rússia. A recente mudança no poder e a crescente incerteza sobre o futuro do país indicam que a situação continuará volátil, com desdobramentos ainda incertos para a paz e a segurança na região.