O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, anunciou em 18 de dezembro que seu país e o Líbano firmaram um acordo para colaborar na Síria, após a queda de Bashar al-Assad. A medida ocorre em meio à intensificação do conflito sírio, com uma coalizão de rebeldes islamistas, liderada pelo Hayet Tahrir al-Sham (HTS), assumindo o controle de grande parte do país. Erdogan ressaltou que a estabilidade na Síria é fundamental para a segurança regional e destacou a importância da cooperação entre as duas nações para enfrentar os desafios decorrentes da nova realidade política da Síria.
A destituição de Assad forçou o líder sírio a buscar refúgio na Rússia, enquanto a Turquia intensificou suas operações militares, principalmente na fronteira, contra as Forças Democráticas Sírias (FDS), que são vistas como aliadas do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK). O governo turco anunciou sua disposição de apoiar um possível novo governo sírio, com foco no combate aos separatistas curdos, uma prioridade estratégica para a segurança nacional da Turquia. Essa postura reflete a preocupação do país em impedir a expansão da influência do PKK na região.
O envolvimento turco e libanês na crise síria também visa estabilizar a região em um cenário de incertezas políticas e militares. As FDS, apoiadas pelos Estados Unidos, têm desempenhado um papel importante na luta contra o grupo jihadista Estado Islâmico (EI), e as tensões aumentaram com um recente ataque a posições curdas que resultou na morte de combatentes pró-Turquia. Apesar de um cessar-fogo mediado pelos EUA, a situação continua volátil, refletindo a complexidade do conflito sírio e os desafios de sua resolução.