O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou que ordenará ao Departamento de Justiça de seu governo que busque, com o máximo rigor, a aplicação da pena de morte em casos de crimes graves, como assassinatos e estupros. A declaração foi feita em meio ao contexto de uma decisão recente de seu antecessor, Joe Biden, que comutou a pena de morte de 37 dos 40 condenados atualmente no corredor da morte federal, transformando suas penas em prisão perpétua. Biden, que desde o início de seu mandato impôs uma moratória sobre as execuções federais, também manifestou que não permitiria o retorno das penas de morte durante uma possível administração de Trump.
As comutações de Biden, que excluem apenas três casos de crimes de grande repercussão, refletiram sua postura contra a pena de morte, em um movimento alinhado à sua política de justiça criminal e redução de crimes violentos. O presidente democrata, que já havia suspendido as execuções durante seu governo, enfatizou que sua decisão era parte de um esforço contínuo para garantir um sistema de justiça mais justo e eficaz. Em contrapartida, Trump, que é um defensor declarado da pena de morte, tem se posicionado de forma oposta, prometendo retomar e expandir as execuções, especialmente para crimes como tráfico de drogas e crimes violentos.
Embora o apoio à pena de morte tenha diminuído nos Estados Unidos, uma pesquisa recente indicou que 53% da população ainda se mostra favorável à sua aplicação. Durante sua campanha, Trump reforçou seu apoio à pena de morte para traficantes de drogas, destacando uma postura mais rigorosa em relação aos criminosos. Essa divergência nas políticas de justiça criminal reflete as diferentes abordagens que Biden e Trump têm para questões como segurança pública e direitos humanos, e pode ter implicações significativas no sistema judicial dos Estados Unidos nos próximos anos.