O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou que a resolução da guerra na Ucrânia será uma das suas principais prioridades. Em sua abordagem, Trump propõe usar o apoio dos EUA à Ucrânia como uma ferramenta de negociação com a Rússia, visando encerrar rapidamente o conflito. Embora tenha reiterado que não abandonará Kiev, ele expressou ceticismo quanto à assistência contínua ao país e criticou ações militares da Ucrânia contra alvos russos. Para ele, o foco deverá ser um cessar-fogo imediato, com a ideia de um acordo que beneficie ambas as partes envolvidas.
Trump também discutiu a possibilidade de um cessar-fogo com o primeiro-ministro húngaro Viktor Orbán, sugerindo uma trégua durante o Natal. No entanto, a Ucrânia desmentiu alegações de que teria rejeitado essa oferta. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, indicou que poderia aceitar a ideia de ceder temporariamente partes do território, desde que haja o reconhecimento da Ucrânia como membro da OTAN. Essa proposta sublinha a complexidade das negociações e os desafios diplomáticos que envolvem as disputas territoriais e a segurança internacional.
Em paralelo, Trump está montando sua equipe de governo, com a inclusão de aliados como o senador Marco Rubio, que pode assumir o cargo de secretário de Estado. A recente nomeação de Trump como Pessoa do Ano pela revista Time reflete sua crescente influência política, enquanto ele se prepara para assumir a presidência em janeiro. O ex-presidente também comparou o conflito no Oriente Médio com a situação na Ucrânia, afirmando que o primeiro seria mais fácil de gerenciar, enquanto a resolução do impasse no leste europeu exige uma abordagem mais cuidadosa e estratégica.