O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que iniciará o processo de perdão para as pessoas condenadas pela invasão do Capitólio, ocorrida em 6 de janeiro de 2021, logo nos primeiros minutos de seu novo mandato. Ele indicou que analisará cada caso individualmente, levando em consideração a natureza dos crimes e o comportamento dos envolvidos durante os eventos. Trump defendeu que muitos dos condenados não deveriam estar presos e criticou as discrepâncias nas punições, citando, por exemplo, a diferença de tratamento entre os manifestantes do Capitólio e outros protestos ocorridos em 2020.
Desde o ataque, mais de 1,2 mil pessoas foram condenadas ou se declararam culpadas, com cerca de 600 ainda cumprindo pena. Embora Trump tenha sido apontado como um dos responsáveis pela incitação dos acontecimentos, ele não enfrentará sanções legais, já que a investigação do Congresso foi encerrada em 2023. Em entrevistas anteriores, o ex-presidente alegou que muitos dos condenados foram forçados a se declarar culpados sob pressão, sugerindo que o sistema judicial tratou esses casos de maneira injusta.
O uso do perdão presidencial é uma prática comum na política americana. Durante seu primeiro mandato, Trump concedeu clemência a 237 pessoas, enquanto o presidente Joe Biden tem priorizado perdões e comutações de penas para crimes não violentos, buscando reintegração social. Com a proximidade da posse de Trump, as discussões sobre os impactos dessas decisões, especialmente em relação a investigações judiciais, voltaram a ganhar destaque no cenário político dos EUA.