Donald Trump, presidente eleito dos Estados Unidos, tem demonstrado uma postura agressiva e expansionista em relação a países aliados, como o Panamá e a Dinamarca, sinalizando uma política externa voltada para os interesses diretos dos Estados Unidos, sem considerar as implicações diplomáticas. Ameaças de retomar o controle do Canal do Panamá e de tomar a Groenlândia foram destacadas como exemplos dessa abordagem, com Trump sugerindo que os Estados Unidos deveriam reassumir o canal devido a alegados altos custos cobrados pelas autoridades panamenhas para o uso da via. O presidente do Panamá, no entanto, refutou a alegação e reafirmou a soberania do país sobre o canal.
À medida que Trump se prepara para assumir o cargo, seus assessores trabalham na preparação do presidente para lidar com crises internacionais, incluindo a guerra na Ucrânia e os conflitos no Oriente Médio, que ele prometeu resolver rapidamente. Contudo, o foco recente de Trump tem sido em questões de soberania e controle sobre territórios estratégicos. A retórica beligerante de Trump, inclusive em relação a países como o Canadá, levanta a questão de como ele equilibrará sua visão de “América em Primeiro Lugar” com a manutenção de alianças globais.
Defensores de Trump argumentam que ele está apenas defendendo os interesses nacionais de forma direta e sem rodeios, focando no que é benéfico para os Estados Unidos, independentemente das consequências para os parceiros internacionais. De acordo com Victoria Coates, ex-assessora de segurança nacional, a política de Trump visa garantir que o que é bom para os Estados Unidos seja igualmente vantajoso para o resto do mundo, refletindo uma postura pragmática e objetiva nas relações exteriores.