O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, manifestou descontentamento com as tarifas impostas pelo Canal do Panamá, considerando-as prejudiciais para os interesses comerciais e militares dos EUA. Em uma declaração nas redes sociais, Trump afirmou que as taxas cobradas pelo Panamá são “ridículas” e têm prejudicado a Marinha e o comércio dos Estados Unidos. Ele também expressou preocupação com a crescente influência da China no controle da área, o que considera uma ameaça estratégica para os EUA, dada a importância do canal para o transporte internacional.
Trump, que assume oficialmente o cargo em 20 de janeiro, enfatizou que o Canal do Panamá, uma das rotas comerciais mais importantes do mundo, deve ser administrado de forma independente pelo Panamá, sem a influência de potências externas, como a China. Ele prometeu tomar medidas para interromper as tarifas e práticas que considera prejudiciais, sugerindo até que, se o Panamá não garantir uma operação eficiente e segura do canal, os Estados Unidos poderiam exigir sua devolução.
O Canal do Panamá é uma rota vital para o comércio global, conectando os oceanos Atlântico e Pacífico, e é responsável por cerca de 5% do comércio marítimo mundial. A Autoridade do Canal do Panamá reportou um lucro de quase US$ 5 bilhões no último ano fiscal, o que reflete a importância estratégica da via para a economia global. O canal, que foi originalmente construído pelos Estados Unidos e entregue ao Panamá em 1999, continua a ser um ponto de tensão diplomática entre os dois países.