Donald Trump está fazendo um esforço para transformar sua posse em um evento de relevância internacional, convidando uma série de líderes globais, incluindo chefes de Estado com os quais os Estados Unidos tiveram desavenças no passado. Entre os convidados estão o presidente chinês Xi Jinping, o presidente de El Salvador Nayib Bukele, a primeira-ministra italiana Giorgia Meloni e o presidente argentino Javier Milei. Embora a presença de Xi Jinping ainda não esteja confirmada, uma delegação chinesa deverá comparecer em seu lugar. Os convites, muitos dos quais foram enviados de forma informal e até por canais não convencionais, refletem o desejo de Trump de estabelecer um diálogo amplo com aliados e adversários, buscando um cenário de cooperação ou ao menos de aproximação diplomática.
A iniciativa de Trump em estender convites para líderes de países com políticas divergentes ou que têm sido tradicionalmente rivais dos Estados Unidos sinaliza uma tentativa de redefinir as relações diplomáticas do país. Tradicionalmente, as cerimônias de posse são marcadas pela presença de diplomatas e representantes dos EUA, mas Trump busca fazer de sua posse um evento com uma audiência mais diversificada, que inclua líderes de várias partes do mundo. Essa abordagem mais flexível pode ser vista como um reflexo do interesse de Trump em reengajar com a comunidade internacional, após anos de políticas mais isolacionistas durante seu mandato anterior.
Contudo, a tentativa de fazer da posse de Trump um grande palco diplomático também traz desafios logísticos e de segurança, especialmente com a presença de múltiplos líderes internacionais e a complexidade de proteger um evento dessa magnitude. A segurança será uma preocupação central para o Serviço Secreto dos Estados Unidos, dada a presença de figuras de alto perfil, incluindo Trump, que já foi alvo de tentativas de assassinato. A natureza dos convites também coloca dúvidas sobre quem realmente comparecerá, já que alguns líderes ainda não confirmaram sua presença, deixando um ponto de incerteza sobre quem estará ao lado de Trump em sua posse.