Duas famílias em Goiás estão no centro de um caso de troca de bebês ocorrido em 2021, no Hospital da Mulher, em Inhumas. O incidente veio à tona após um exame de DNA realizado por um dos pais, que descobriu que a criança com a qual ele e sua ex-esposa conviveram por anos não era biologicamente deles. O hospital, que ainda investiga o ocorrido, se mantém em silêncio devido à proteção de dados dos envolvidos, já que os menores estão em questão. A situação gerou um dilema jurídico e emocional entre as famílias, que, após três anos de convivência, estão ponderando sobre a possibilidade de manter a convivência com os filhos trocados ou realizar a destroca.
As investigações seguem com o objetivo de confirmar a troca dos bebês por meio de exames de DNA. Embora os traços físicos das crianças já sugiram que houve erro, a confirmação oficial é aguardada, e os envolvidos começam a buscar apoio psicológico. O advogado das famílias explicou que a Justiça pode decidir entre a destroca ou uma readequação nos registros, considerando os vínculos biológicos, socioafetivos ou adotivos estabelecidos durante o tempo de convivência.
O episódio, que remonta a um período de restrições devido à pandemia, revelou falhas nos protocolos hospitalares, como a ausência de identificação adequada das crianças no momento do nascimento. As mães relataram pouca lembrança do momento do parto e da recuperação, o que levanta questões sobre o procedimento adotado pela instituição. A situação gerou grande sofrimento, tanto emocional quanto psicológico, nas famílias afetadas, que agora buscam uma solução que resguarde o bem-estar dos filhos e promova uma convivência harmoniosa entre todos.