Em fevereiro de 2022, uma troca de bebês no Hospital Regional Nossa Senhora do Bom Conselho, em Arapiraca, Alagoas, foi descoberta dois anos após o nascimento das crianças. A investigação foi iniciada pela Polícia Civil de Alagoas após um exame de DNA confirmar que dois gêmeos, nascidos prematuros, haviam sido trocados na maternidade. A descoberta ocorreu quando uma das mães viu, em redes sociais, uma criança idêntica ao seu filho em uma escola, o que levou à investigação do caso. A ação judicial foi movida contra o obstetra responsável pelo pré-natal e parto dos bebês, mas ele se recusou a dar declarações.
O caso envolve duas famílias que inicialmente não sabiam da troca. Ambas as crianças nasceram no mesmo hospital, uma com alguns dias de diferença, e precisaram de internação na UTI neonatal. Durante o processo de investigação, as mães se encontraram e realizaram exames de DNA que confirmaram que um dos meninos, que estava com a família errada, era biologicamente irmão de outro bebê. A disputa judicial agora se concentra na guarda dos filhos, com uma das famílias buscando recuperar o filho biológico, enquanto a outra deseja manter a criança que considera como própria.
Enquanto a justiça não decide sobre o caso, as crianças estão sendo visitadas pelas famílias biológicas em um regime de convivência alternada, com visitas a cada 15 dias. O processo aguarda a definição judicial sobre a guarda e as responsabilidades das famílias envolvidas, com cada lado buscando garantir os direitos das crianças e preservar seus vínculos afetivos.