Um tribunal francês condenou um homem a 20 anos de prisão por crimes de violência sexual contra sua esposa, realizados ao longo de quase uma década. Durante o julgamento, que atraiu atenção mundial, foi revelado que o acusado, casado por 50 anos com a vítima, a drogava e facilitava que estranhos a violentassem repetidamente. Além disso, 50 co-réus foram julgados por envolvimento nos crimes, com 46 condenados por estupro, dois por tentativa de estupro e dois por agressão sexual, recebendo sentenças entre 3 e 15 anos de prisão.
Apesar da gravidade das acusações, alguns co-réus negaram os crimes, alegando que acreditavam participar de um ato consensual. A defesa do principal réu anunciou que ele não recorrerá da sentença, justificando que tal processo seria uma nova provação para a vítima. A decisão de não recorrer foi considerada um gesto que busca evitar mais confrontos, segundo a advogada do condenado. O caso tem gerado debates sobre violência de gênero e a responsabilidade coletiva em situações de abuso.
O julgamento ainda terá desdobramentos, pois 17 dos co-réus decidiram recorrer da decisão, enquanto os demais têm até o final do dia para tomar uma decisão. Este caso destacou as dinâmicas de poder e manipulação em relacionamentos abusivos e levantou questões sobre a percepção de consentimento em crimes de violência sexual. A sentença, amplamente vista como severa, reflete a gravidade dos atos e o impacto na vida da vítima.