O Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) decidiu manter as investigações relacionadas à Operação Integration, que apura um possível esquema de lavagem de dinheiro envolvendo transações de uma aeronave. A juíza responsável pelo caso, Andréa Calado da Cruz, rejeitou o pedido de arquivamento formulado pelo Ministério Público de Pernambuco (MPPE), destacando a complexidade das transações e os indícios de práticas ilícitas. A investigação também envolve a compra e venda de uma aeronave, inicialmente negociada com uma empresa de eventos e depois revendida para outra companhia ligada a apostas. A juíza determinou que os documentos sejam encaminhados ao procurador-geral de Justiça para análise e continuidade das apurações.
A operação, que foi deflagrada em setembro, visa desmantelar uma organização criminosa envolvida com lavagem de dinheiro proveniente de jogos de apostas ilegais. Durante a investigação, diversas prisões foram realizadas, incluindo de figuras ligadas ao setor de apostas. O caso também gerou apreensão de bens, como o avião que havia sido de propriedade do cantor investigado, e que acabou sendo confiscado pela polícia no aeroporto de Jundiaí. Embora o Ministério Público tenha indicado que não houve ocultação de valores nas transações realizadas, a juíza ressaltou que a conexão entre as partes e os valores envolvidos justificam a continuidade das investigações.
As investigações seguem em um contexto de alta complexidade, com diversas operações em diferentes estados brasileiros, envolvendo membros de uma rede que operava jogos ilegais. Além das prisões, a operação também provocou debates sobre o papel de grandes figuras públicas em esquemas financeiros duvidosos, como no caso das transações de aviões. A decisão judicial reforça a necessidade de aprofundar a apuração das conexões entre as transações financeiras e os suspeitos envolvidos, com o objetivo de determinar se houve de fato a prática de crimes relacionados à lavagem de dinheiro.