O Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) rejeitou o recurso apresentado pelo Ministério Público (MP) estadual, que acusava a juíza da 12ª Vara Criminal do Recife de erros e abusos na condução da Operação Integration. A operação, que começou em setembro deste ano, investiga figuras públicas e foi alvo de críticas do MP, que alegou que a juíza demonstrou parcialidade em suas decisões. O principal ponto do recurso foi a acusação de que a magistrada teria insinuado que o MP mudou de posição em relação a determinados indiciamentos, além de sugerir que ela teria uma postura pessoal em relação à investigação.
O MP, por meio do coordenador do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), ressaltou que a operação ainda está em andamento e que a análise das movimentações financeiras dos investigados, especialmente a quebra de sigilo bancário, não foi concluída. Segundo os promotores, a investigação precisa ser mais aprofundada antes da formalização de qualquer denúncia, uma vez que as evidências atuais, como operações atípicas identificadas pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF), não são suficientes para comprovar a prática de crimes como lavagem de dinheiro.
Apesar das críticas, a juíza envolvida no caso optou por não se manifestar publicamente sobre as alegações. A operação segue sendo conduzida pela Polícia Civil de Pernambuco, com novas diligências solicitadas pelo MP. O Tribunal de Justiça de Pernambuco, por sua vez, manteve sua decisão de rejeitar o recurso, permitindo que a juíza continue à frente do processo. O Ministério Público ainda busca concluir as investigações e obter provas mais concretas antes de formalizar qualquer acusação.