O Tribunal Superior da Romênia anulou o andamento da eleição presidencial após acusações de interferência externa e manipulação no processo. A decisão foi tomada em 6 de dezembro, determinando que todas as etapas da eleição, que estavam previstas para ser concluídas neste fim de semana, fossem repetidas. A disputa seria entre um candidato de extrema-direita e pró-Rússia e uma líder de centro pró-União Europeia, com o segundo turno marcado para 8 de dezembro. A nova eleição será reprogramada pelo governo, que deve anunciar uma nova data.
A anulação do pleito gerou caos institucional no país, já que o mandato do atual presidente termina em 21 de dezembro e a falta de uma eleição válida coloca em risco a continuidade da governança. A decisão do tribunal se baseou em documentos que indicaram manipulação de votos, irregularidades de campanha e financiamento não transparente, além de ataques russos ao processo eleitoral. A medida foi criticada por parte dos envolvidos, com um dos candidatos denunciando um “golpe oficial” e a líder pró-União Europeia condenando-a como um ataque à democracia.
Além da anulação da eleição, a unidade de combate ao crime organizado iniciou uma investigação sobre a campanha de um dos candidatos. A decisão judicial não afetou a eleição parlamentar, que ocorreu de forma independente e trouxe um cenário complexo para a formação do novo governo. Com o novo pleito presidencial por vir, o presidente interino terá a tarefa de definir o cronograma das eleições e garantir a estabilidade institucional.