Um tribunal de apelações estadual decidiu afastar a promotora do condado de Fulton, responsável pelo caso de interferência eleitoral envolvendo o ex-presidente, após um episódio de conflito de interesse. A decisão, que foi tomada por 2 votos a 1, considerou que o relacionamento pessoal entre a promotora e um promotor especial contratado para liderar o caso comprometeu a confiança pública na integridade do processo. O tribunal alegou que, embora essa impropriedade normalmente não justifique uma remoção, neste caso, era necessária para garantir a transparência e a justiça do processo. O escritório da promotora indicou que buscará uma revisão dessa decisão pelo Supremo Tribunal da Geórgia.
A decisão ocorre em meio a um processo legal complexo contra o ex-presidente, que enfrenta várias acusações em sua tentativa de reverter os resultados das eleições presidenciais de 2020. Em agosto de 2023, um grande júri da Geórgia indiciou o ex-presidente e outros 18 envolvidos por tentar manipular os resultados eleitorais no estado. A acusação central envolve uma tentativa de alterar o resultado da eleição por meio de uma pressão direta sobre autoridades estaduais para encontrar votos que garantissem a vitória. Embora o caso tenha enfrentado diversas interrupções legais, a perspectiva de um julgamento ainda é incerta, principalmente devido às implicações legais relacionadas ao cargo de presidente.
A defesa do ex-presidente, por sua vez, considera a decisão favorável, argumentando que a remoção da promotora é justificada, dado o comprometimento da integridade do processo. A questão da relação pessoal entre a promotora e o promotor especial gerou um grande tumulto no andamento do caso, com revelações que expuseram aspectos da vida privada dos envolvidos. Em meio a essas complicações, a situação legal continua a se desdobrar, com a possibilidade de novos recursos e decisões jurídicas que poderão impactar o andamento das acusações.