Três pessoas continuam foragidas após a Polícia Civil prender dez integrantes de uma torcida organizada do Palmeiras, suspeitos de envolvimento em uma emboscada contra torcedores do Cruzeiro, que resultou na morte de um homem e ferimentos em outros 17. A operação foi desencadeada após a violência, que ocorreu no dia 27 de outubro, na rodovia Fernão Dias, em Mairiporã, quando um ônibus da torcida rival foi atacado, sendo incendiado. O caso é investigado pela Delegacia de Repressão aos Delitos de Intolerância Esportiva e está sendo conduzido sob segredo de Justiça.
Entre os foragidos estão líderes da torcida organizada, que têm se esquivado das autoridades, mas alegam estar em contato com seus advogados e se entregariam somente após o acesso aos autos do processo. A defesa desses indivíduos, que inclui o presidente e o vice-presidente da organizada, afirma que os acusados não estavam presentes no momento do ataque, e ainda questiona a motivação das acusações. A prisão temporária dos envolvidos foi decretada no fim de outubro, mas até o momento não houve rendição. O caso envolve também um erro da própria Polícia Civil, que revogou a prisão de um suspeito que estava a centenas de quilômetros do local do crime.
O ataque teria sido uma retaliação a um incidente envolvendo torcedores do Cruzeiro em 2022, quando houve confronto com membros da organizada do Palmeiras, resultando em feridos e materiais pessoais confiscados. O episódio mais recente gerou uma série de discussões sobre segurança em eventos esportivos, especialmente com a proximidade de um jogo entre os dois clubes, que ocorrerá em Belo Horizonte. A CBF determinou que a partida seja realizada com portões fechados, enquanto o governo de Minas tenta reverter essa decisão judicialmente, alegando que a medida afeta injustamente os torcedores cruzeirenses.