Uma tragédia ocorreu na Maternidade Albert Sabin, em Salvador, onde mãe e bebê morreram após complicações no parto. A gestante, de 22 anos, havia sido admitida na unidade de saúde com dores na quarta-feira e apresentava hipertensão, sendo indicada para cesárea. No entanto, a equipe médica optou por induzir o parto normal até a madrugada de sexta-feira, quando, após a realização de exames, o parto cesáreo foi iniciado. O bebê, que apresentava o cordão umbilical enrolado no pescoço, não resistiu à tentativa de reanimação. Após o parto, a mãe também sofreu complicações e faleceu.
A família acusa a maternidade de negligência, afirmando que a cesárea deveria ter sido realizada de imediato, o que poderia ter evitado as mortes. A avó da gestante lamentou que, caso o procedimento cirúrgico tivesse ocorrido na quarta-feira, mãe e filha estariam vivas. Por outro lado, a Secretaria de Saúde do Estado de Salvador defendeu a conduta da equipe médica, ressaltando que todos os exames foram realizados e que a decisão de induzir o parto normal foi baseada em avaliação clínica.
A Secretaria de Saúde instaurou uma sindicância e acionou a comissão de ética para apurar as circunstâncias do caso. As investigações, conduzidas pela 13ª Delegacia Territorial de Cajazeiras e com o apoio de laudos do Departamento de Polícia Técnica, buscam esclarecer a causa das mortes. Inicialmente, a Secretaria sugere que as fatalidades podem ter sido resultantes da condição hipertensiva da gestante.