Em 1º de janeiro de 2024, quatro jovens morreram por asfixia por monóxido de carbono em Balneário Camboriú, Santa Catarina, após uma modificação não regulamentada no escapamento de um veículo. A customização, realizada por um soldador sem qualificação técnica específica para esse tipo de serviço, consistia na substituição do catalisador do carro por um tubo, o que comprometeu a segurança do veículo. A peça instalada sofreu uma ruptura, permitindo a entrada do gás tóxico no interior do carro, onde as vítimas estavam.
A tragédia aconteceu após o grupo de amigos, que viajavam de Florianópolis, se sentirem mal durante o trajeto para a rodoviária da cidade, onde aguardavam a chegada de uma das companheiras. Eles acreditaram inicialmente que os sintomas, como náuseas e tontura, fossem causados por uma refeição, mas, ao permanecerem no veículo com o ar-condicionado ligado, a intoxicação por monóxido de carbono foi fatal. Mesmo com a ligação para o Corpo de Bombeiros, os jovens não buscaram ajuda imediata, e, ao final da madrugada, já estavam sem sinais vitais.
O caso levantou questões sobre a importância de profissionais habilitados na realização de modificações em veículos, especialmente quando se trata da segurança dos ocupantes. O Conselho Regional dos Técnicos Industriais destacou que apenas técnicos especializados têm competência legal para esses serviços, o que pode evitar tragédias como a ocorrida em Balneário Camboriú. As investigações continuam, e os responsáveis pela modificação do veículo enfrentam acusações de homicídios culposos.