Em 7 de dezembro de 2018, um confronto violento em Milagres, no Ceará, resultou na morte de 14 pessoas, incluindo reféns e suspeitos de envolvimento em um assalto a bancos. A tragédia teve início quando dois veículos com famílias foram sequestrados por assaltantes na BR-116, servindo de escudos humanos para facilitar o roubo. Durante a ação, a troca de tiros entre os criminosos e a polícia levou à morte de assaltantes e civis. Entre as vítimas estavam cinco membros de uma mesma família, que estavam entre os reféns. Seis anos depois, a operação continua sendo investigada, com 16 réus aguardando julgamento por diversos crimes, incluindo homicídios e fraude processual.
O caso gerou controvérsias e denúncias de má conduta policial. Após o tiroteio, alguns agentes foram acusados de manipular a cena do crime, movendo corpos e apagando imagens de câmeras de segurança para interferir nas investigações. O Ministério Público denunciou policiais por homicídios de reféns e outros crimes, incluindo fraude processual, relacionados à tentativa de esconder evidências. No entanto, a justiça ainda não foi completamente feita, e o julgamento dos réus continua pendente, com recursos sendo analisados pelas instâncias superiores.
Em paralelo, as famílias das vítimas buscaram reparação, e o Estado do Ceará foi condenado a pagar indenizações, embora a decisão ainda esteja em processo de apelação no Superior Tribunal de Justiça. A tragédia deixou um legado de dor e indignação, com os familiares aguardando o reconhecimento da responsabilidade do Estado e uma resolução definitiva do caso. As vítimas e seus parentes aguardam que o episódio não seja esquecido e que medidas sejam tomadas para evitar que situações semelhantes voltem a ocorrer no futuro.