No Brasil, as celebrações de réveillon são marcadas por tradições com raízes em religiões de matriz africana, como o Candomblé e a Umbanda. Práticas como vestir branco, pular sete ondas e oferecer flores a Iemanjá são amplamente adotadas, independentemente da religião das pessoas. O branco, ligado ao orixá Oxalá, simboliza paz e harmonia, enquanto o amarelo, relacionado a Oxum, atrai prosperidade. Em Brasília, a Praça dos Orixás, conhecida como Prainha, é palco de uma das comemorações mais tradicionais, onde adeptos e simpatizantes celebram com rituais e oferendas.
Entre os costumes mais difundidos estão os banhos de ervas, usados para limpar energias negativas, e a prática de acender velas, que simboliza a luz para ancestrais e espíritos. A mesa farta de frutas é outra tradição, associada ao orixá Oxóssi, que representa a fartura. Já pular sete ondas, costume originado na Umbanda, é realizado como forma de agradecimento e pedido de bênçãos, com cada onda representando um desejo ou aspiração para o ano que começa.
O réveillon na Prainha reflete a influência cultural e espiritual africana na identidade brasileira, promovendo um espaço de conexão com as raízes ancestrais e com a natureza. A celebração reúne apresentações culturais, cerimônias religiosas e shows, culminando em um espetáculo de fogos que integra diferentes expressões de fé e tradições.