O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, determinou que o relatório da inspeção realizada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) sobre a Operação Lava Jato fosse compartilhado com o Congresso Nacional e órgãos de controle, como a Controladoria-Geral da União (CGU). O relatório levanta suspeitas sobre a prática de crimes como peculato-desvio, corrupção e prevaricação, envolvendo membros da Lava Jato, como o ex-juiz responsável pela 13ª Vara Federal de Curitiba e outros envolvidos nas investigações. O conteúdo também inclui a suspeita de um possível desvio de recursos relacionados ao acordo de leniência da Petrobras.
A Transparência Internacional reagiu às acusações feitas pela empresa J&F, que alegou uma suposta parceria imprópria entre o Ministério Público Federal e a organização, envolvendo a gestão de bilhões de reais do acordo de leniência da empresa. A Transparência Internacional refutou essas acusações, afirmando que nunca recebeu, direta ou indiretamente, qualquer recurso de tais acordos e que jamais teve qualquer papel na gestão de recursos. A organização também destacou que a investigação sobre essas alegações foi arquivada pela Procuradoria-Geral da República em outubro, mas, apesar disso, as alegações continuam sendo repetidas.
O relatório enviado aos órgãos competentes inclui detalhes sobre uma série de supostos desvios de recursos, com destaque para a questão do destino de multas aplicadas à Petrobras. O CNJ, que fez a inspeção, concluiu que as informações apuradas devem ser analisadas pela Procuradoria-Geral da República para investigar possíveis ilícitos penais. A situação gerou uma série de desdobramentos, incluindo reações políticas e institucionais, com críticas sobre a continuidade da disseminação de acusações infundadas e o impacto dessas alegações no cenário público e jurídico.