O Hospital Naval Marcílio Dias, localizado no bairro Lins de Vasconcelos, na Zona Norte do Rio de Janeiro, tem sido alvo de crescente preocupação devido à violência no seu entorno. A região, que abriga o Complexo do Lins, composto por 16 comunidades, enfrenta constantes confrontos entre traficantes e policiais. Esse cenário de insegurança tem gerado medo entre os pacientes e servidores do hospital, com relatos de dificuldades em acessar transporte e a presença constante de tiros nas proximidades. A situação tem levado a questionamentos sobre a viabilidade de manter a unidade de saúde naquele local.
Em um episódio trágico, a Capitão de Mar e Guerra Médica Gisele Mendes foi fatalmente baleada na cabeça enquanto participava de um evento dentro do hospital, na manhã de terça-feira, 10 de dezembro. O disparo ocorreu durante uma operação policial na comunidade do Gambá, próximo ao hospital, mas ainda não está claro de onde partiu o tiro. Gisele foi socorrida rapidamente, mas não resistiu aos ferimentos e faleceu pouco depois, gerando consternação dentro da Marinha e da comunidade médica.
A Marinha do Brasil expressou pesar pela morte da oficial e anunciou apoio à família da vítima. A Polícia Militar também confirmou que a operação na região visava a captura de criminosos envolvidos em roubos de veículos, mas não deu detalhes sobre o andamento das investigações. A crescente violência nas áreas vizinhas ao hospital, somada ao impacto deste incidente, destaca a urgente necessidade de medidas para garantir a segurança dos profissionais e pacientes, além de reforçar a presença estatal nas comunidades afetadas.
